Desde o início do ano foram comercializados 983 mil veículos, uma queda de 25% se comparado com o ano passado.
As vendas de veículos novos sejam eles caminhões, ônibus ou carros tiveram o pior primeiro semestre nos últimos 10 anos, de acordo com dados da federação dos concessionários, a Fenabrave, divulgados na última sexta-feira dia 1º.
Ao todo foram comercializadas 983.599 unidades entre os meses de janeiro e junho, já no mesmo período de 2015 foram 1.318.984 veículos, o que representa 25% de queda.
Foi o pior resultado desde o ano de 2006, onde aconteceu o emplacamento de 861.000 veículos no primeiro semestre. Já em 2007, no mesmo período, a marca ultrapassou 1 milhão, batendo 1.082.257 de unidades.
A Fenabrave tem notado uma pequena melhora em seus índices, porém, não realizou alterações em suas projeções para o ano de 2016, que prevê uma queda de 15% em suas vendas de veículos em geral.
Ao contrário da Anfavea, a associação das montadoras tinha revisto suas projeções de vendas e de produção para o ano de 2016 para baixo, antes mesmo do semestre ter fechado. De acordo com as novas previsões, no ano as vendas devem cair em 19%, para cerca de 2 milhões. Enquanto nos primeiros anos da década, quando era considerado o 4º maior mercado mundial, o Brasil chegou a vender algo próximo do dobro disso.
A fabricação de caminhões, ônibus e carros deverá diminuir em 5,5%, chegando a 2,29 milhões de veículos.
Na próxima quarta-feira, dia 6 de julho, serão divulgados os dados sobre a produção do 1º semestre.
Foram vendidos no mês de junho 171,7 mil unidades, o que é 19% abaixo se comparado a 1 ano atrás, porém, 2,5% a mais que o mês de maio, que contou com um dia útil a menos.
No primeiro semestre as vendas de carros tiveram um recuo de 25%, totalizando 951,2 mil unidades, porém, os veículos pesados tiveram uma queda maior. A queda dos caminhões emplacados foi de 32% entre janeiro e junho, quando comparado com o mesmo período do ano passado (25,4 mil). Já os ônibus recuaram 40,7%, com 6,9 mil unidades.
Já o segmento de motos, que é contabilizado à parte, teve uma redução 14,7% no semestre, batendo as 547 mil unidades comercializadas, comparando entre os meses de janeiro e junho do ano passado.
FILIPE R SILVA